A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenderam os descontos automáticos realizados nos benefícios de aposentados e pensionistas destinados a sindicatos. A decisão foi tomada após a descoberta de graves irregularidades que levaram a um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou à imprensa que tinha conhecimento da situação. Segundo dados da CGU, uma auditoria nacional entrevistou 1.273 beneficiários em diversas regiões do país. O resultado foi alarmante: 96% dos entrevistados afirmaram que não autorizaram os descontos, não sabiam que estavam sendo descontados e não fazem parte de nenhum sindicato.
O volume de recursos desviados chama atenção. Em 2022, os descontos somaram cerca de R$ 706,2 milhões. Já em 2024, o valor mais que triplicou, alcançando R$ 2,6 bilhões — um crescimento de aproximadamente 260% em dois anos.
Segundo a CGU, esse crescimento expressivo ocorreu de forma silenciosa, sem transparência e sem o consentimento da maioria dos beneficiários. Diante disso, as instituições decidiram pela suspensão imediata dos descontos enquanto as investigações seguem em curso.
Veja abaixo o gráfico com a evolução dos descontos sindicais entre 2022 e 2024:
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